“NO TERCEIRO DIA, UMA LUZ VINDA DOS CONFINS DO UNIVERSO, COMO UM METEORO, VAI DIRETO ATÉ O SEPULCRO, QUANDO UM ESTRONDO SACODE A TERRA, AFASTANDO A ENORME PEDRA QUE O SELAVA, E OS GUARDAS ROMANOS FICAM ATORDOADOS. A LUZ ENTÃO ENTRA NO CORPO INERTE DE JESUS, QUE EM SEGUIDA LEVANTA, TRANSPASSANDO OS PANOS DA MORTALHA COM SEU CORPO IMATERIAL FULGURANTE. RESSUSCITANDO DOS MORTOS COM UMA MATÉRIA INCORPÓREA DE INTENSA LUZ, CONHECIDA APENAS POR DEUS, DE UMA BELEZA INDESCRITÍVEL.”

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

MENSAGEM DE JESUS CRISTO


TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO, UMA ALIANÇA FORJADA NAS TREVAS


Mensagem de Nosso Senhor JESUS CRISTO sobre a Teologia da Libertação (Os Alianças Preta, seguidores de Leonardo Boff) em 11 de abril de 1994 a uma consagrada (freira) no Brasil.
 Por motivo de perseguição religiosa seu nome e da Congregação foram preservados. (Extraído do Livro: “Mensagem da Misericórdia In finita”)


Jesus falou:

“A aliança preta é considerada por Mim como uma bandeira do inferno, porque une Padres, Religiosos e também leigos num empreendimento que não dimana da missão da Igreja. Essa corrente torna os meus sacerdotes e religiosos vazios de fé e de amor, do verdadeiro amor que emana do Meu Coração. O Pai é Amor! Eu e o Pai somos Um. Eles não amam os pobres como Eu os amei. São justiceiros sociais, políticos...”
A freira pergunta:
Jesus, mas eles lutam pela causa dos pobres, eles defendem os pobres, os miseráveis que não têm casa, não têm nada para comer, não têm o que vestir. A pobreza no Brasil está terrível. Não é isto que eles defendem?
Jesus responde:
“Não! Eles são homens políticos, não são cristãos, não partilham Comigo, sua política não é cristã. Eu não preguei, não ensinei política, não fiz política. Não fui político como eles querem que seja. Eu amei os pobres como filhos de Deus, como Meus irmãos. Minha defesa dos pobres era a expressão do amor ao Pai que via neles a imagem do Filho. E agora a resposta que dou aos Meus filhos prediletos: Quem inventou esta aliança de madeira queimada para ser símbolo da luta solidária pelos pobres, não está vinculado a Mim, suas idéias são sementes de filosofias vãs, filosofias anticristãs; não são idéias de um discípulo inspirado pelo Espírito Santo. Ele formou uma aliança com outros, e vão envolvendo presas fáceis entre sacerdotes, seminaristas e religiosos. A intenção parece boa, mas na realidade é tática do inimigo. Observa a vida espiritual de todos que penetram na espiritualidade da aliança queimada em favor dos pobres. São homens e mulheres vazios de fé e amor, vivem no ódio e rancor contra todos que não aderem as suas idéias. São mornos no sentido da verdadeira fé e do verdadeiro amor. São quentes, ardentes, vibrantes em tudo o que se refere a política, no sentido da vida engajada na política. Eles querem dar tudo pelos pobres, mas nem sempre dão de si, nem sempre são exemplos de amor e abnegação. Consideram só a pobreza material, não sabem valorizar a verdadeira pobreza evangélica como Eu a vivi. Eles não amam os pobres, amam uma idéia, uma filosofia, uma ideologia. Pobres de bens materiais sempre irão existir, mas precisam distinguir entre pobreza e miséria. A pobreza deve ser evangelizada e a miséria acabada. Quem sou Eu para eles? Um Cristo político que viveu e morreu por causa de um sistema político corrupto... Não! Eu vivi e morri somente para glorificar ao Pai. Os políticos do Meu tempo levaram-Me à Cruz, porque Minhas atitudes abalavam seu prestígio perante o povo. Eu não Me envolvia com suas tramas de mentiras e falsidades, fui pregado na Cruz justamente por não ser o Messias político que eles esperavam, porque Minhas atitudes e palavras eram o oposto de suas vidas afastadas de Deus. Eles, os que Me levaram à Cruz, não eram de Deus, eram homens políticos inspirados pelo inimigo; suas almas, suas mentes estavam mergulhadas no reino das trevas, por isso não podiam ver a Luz que Eu trazia. Levaram-Me à Cruz por causa da política; preferiram César a Mim. Filha, quem inventou essa Aliança da madeira queimada quer formar uma nova Igreja, um novo reino onde Eu Sou apenas o Político, e não o Filho de Deus, o Verbo Encarnado que veio à Terra para realizar a Salvação e libertação do homem; para valorizar e elevar os homens e as mulheres como filhos de Deus. Eu não aceito esse reino e essa igreja que eles querem estabelecer em Meu Nome. A Minha Igreja é o Reino do Pai, é a Igreja da Graça, é a do Amor, é a Igreja do pobre como Eu fui pobre; é a Igreja dos pobres. Pobres não só de bens materiais, mas das coisas do mundo que vinculam o homem aos bens da Terra e o afastam das coisas espirituais. É verdadeiramente pobre quem se desprende de tudo e vive no amor e para o amor. Os cristãos deveriam ver e ouvir isto no exemplo de vida e nas palavras dos Padres e Religiosos. Mas onde estão eles? O que fazem? São profetas do novo tempo para derrubar estruturas. Eu não aceito seus ensinamentos, não aceito seu movimento de pobreza. Eu gostaria que eles ensinassem aos pobres o verdadeiro sentido da pobreza, que ensinassem aos pobres a viverem uma vida digna e honesta como filhos de Deus. Eu gostaria que eles ajudassem os pobres a vencer a miséria. Mas em tudo isto Eu gostaria que eles não fossem homens da política, mas sacerdotes do Senhor, revestidos da graça sacerdotal.
Eu gostaria que eles olhassem para Mim e aprendessem o que é pobreza. Nasci pobre e vivi como pobre entre os pobres. Despojei-Me de toda a glória para estar como Homem entre os homens, a fim de conquistá-los para o Reino do Pai.
Fui Homem entre os homens para ensinar a todos o caminho de volta ao Pai. Por isso fui Homem de oração e de mortificação. Leiam, meditem as páginas do Evangelho. Nos Meus evangelistas cada pessoa poderá encontrar-Me Vivo e aprender Comigo o que significa amar a Deus e aos pobres; e viver por eles na Igreja. A Igreja é para Mim o Reino do Pai na Terra, e para pertencer a este Reino não é preciso usar uma aliança preta.
Por que digo que ela é preta?
Porque é uma aliança de madeira queimada, escura... No Meu Reino deve haver luz, a luz que se inflama na Minha Luz. Uma aliança escura forjada nas trevas não tem parte Comigo, não tem a minha bênção.
Reza por eles, reza por todos que se envolvem com as trevas. Muitos foram e estão sendo enganados. Reza pelo discernimento, reza para que a Luz do Espírito Santo atinja suas mentes, seus corações. Reza por eles.”



Fonte: http://www.ultimasmisericordias.com.br/Pagina/3704/)s-ALIANÇA-PRETA-MensagemdeJesus-sobre-aTeologia-Libertaçao-de-Leonardo-Boff

A VERDADE SOBRE MAOMÉ E SUA SEITA


A VERDADE SOBRE MAOMÉ E SUA SEITA




Dom Bosco
Sacerdote
Dom Bosco, SDB, foi um sacerdote católico italiano, fundador da Pia Sociedade São Francisco de Sales e proclamado santo em 1934. Nasceu João Melchior Bosco e foi aclamado por São João Paulo II como o "Pai e Mestre da Juventude". Wikipédia
Nascimento: 16 de agosto de 1815, Castelnuovo Don Bosco, Itália
Falecimento: 31 de janeiro de 1888, Turim, Itália
Nacionalidade: Italiano
E mais uma informação muito importante, é o fato de que o corpo deste Santo está incorrupto, ou seja exatamente do jeito que morreu em 1888 até hoje, totalizando 127 anos em estado de proteção Divina. Portanto não podemos duvidar das palavras dele, pois estaremos negando a verdade imposta pela miraculosa incorruptibilidade de seu corpo, que tem o aval do Criador.





Quem foi Maomé, segundo São João Bosco

Por Luis Dufaur em 28 de novembro de 2015

São João Bosco é um dos maiores formadores de gerações inteiras de católicos
Em sua renomeada obra “História Eclesiástica”, Dom Bosco nos ensina quem foi Maomé, fundador do islamismo e como fez para espalhar suas crenças, conseguir adeptos e atacar a Terra Santa, a Cristandade e a todos os que não pensavam como ele.
Com linguagem didática, o santo educador nos expõe brevemente toda a verdade básica sobre o Islã.


Maomé e sua religião
Nasceu este famoso impostor em Meca, cidade da Arábia, de família pobre, de pai gentio e mãe judia.
Errando em busca de fortuna, encontrou-se com uma viúva negociante em Damasco, que o nomeou seu procurador e mais tarde casou-se com ele.
Como era epilético, soube aproveitar-se desta enfermidade para provar a religião que tinha inventado e afirmava que suas quedas eram outros tantos êxtases, durante os quais falava com o arcanjo Gabriel.
religião que pregava era uma mistura de paganismo, judaísmo e cristianismo. Ainda que admita um só Deus, não reconhece a Jesus Cristo como filho de Deus, mas como seu profeta.
Como dissesse com jactância que era superior ao divino Salvador, instavam com ele para que fizesse milagres como Jesus fazia; porém ele respondia que não tinha sido suscitado por Deus para fazer milagres, mas para restabelecer a verdadeira religião mediante a força.
Não existem imagens fidedignas de Maomé. Na foto, ilustração de um manuscrito otomano do século XVII.
Ditou suas crenças em árabe e com elas compilou um livro que chamou Alcorão, isto é, livro por excelência; narrou nele o seguinte milagre, ridículo em sumo grau.
Disse que tendo caído um pedaço da lua em sua manga, ele soube fazê-la voltar a seu lugar; por isso os maometanos tomaram por insígnia a meia lua.
Sendo conhecido por homem perturbador, seus concidadãos trataram de dar-lhe morte;sabendo disto o astuto Maomé fugiu e retirou-se para Medina com muitos aventureiros que o ajudaram a apoderar-se da cidade.
Esta fuga de Maomé se chamou Egira, isto é, perseguição; e desde então começou a era muçulmana, correspondente ao ano 622 de nossa era.
O Alcorão está cheio de contradições, repetições e absurdos. Não sabendo Maomé escrever, ajudaram-no em sua obra um judeu e um monge apóstata da Pérsia chamado Sérgio.
Como o maometismo favorecesse a libertinagem teve prontamente muitos sequazes; e como pouco depois se visse seu autor à frente de um formidável exército de bandidos, pode com suas palavras e ainda mais com suas armas introduzi-lo em quase todo o Oriente.
Maomé depois de ter reinado nove anos tiranicamente, morreu na cidade de Medina no ano 632.



(Fonte: São João Bosco, “Storia Ecclesiastica ad uso della gioventù utile ad ogni grado di persone”, 4ª ed. melhorada, Turim, Tipografia do Oratorio de San Francesco de Sales, 1871).

O COMUNISMO ESTÁ TOMANDO CONTA DO MUNDO



O COMUNISMO ESTÁ TOMANDO CONTA DO MUNDO


Este homem com cara de papai Noel, é o Anti-cristo Karl Marx. Seus símbolos são todos das trevas. A estrela de cinco pontas, imperfeita, é relacionada a Lúcifer, o martelo se refere as torturas, a foice representa a morte e a cor vermelha é o fogo que não se apaga na morada dos condenados.

O comunismo, por tanto tempo temido no mundo ocidental, está agora a ser secretamente formado através de uma aliança global.


Quarta-Feira, 12 de Setembro de 2012, 18:55 h.

Minha querida e amada filha, é Minha intenção levar aos países Cristãos, que estão a sofrer por causa da pressão sobre eles para Me negarem, nos Meus Sagrados Braços para lhes dar força. A sua Cristandade será ferozmente desafiada de tal maneira que nenhuma outra religião o suporte. As outras religiões não serão perseguidas da forma como os Meus seguidores terão de sofrer. A Verdade da Cristandade pode ser questionada. Ela pode ser atacada e será censurada, mas uma coisa nunca mudará. Há apenas um caminho para a Casa do Meu Pai. O Caminho Sou Eu, Jesus Cristo, o Salvador da humanidade. Vós não podeis ir para o Meu Pai, sem aceitardes a Minha Existência. A Verdade não pode ser mudada, não importa como vós tentais negá-la. As falsidades serão vistas em relação ao que elas são, muito em breve. Todas as religiões se tornarão numa única, quando elas testemunharem a Verdade. O Pacto do Meu Pai, de Me enviar, ao Seu Único Filho, para trazer de novo toda a humanidade para dentro do Reino do Meu Pai, será cumprido agora. Justamente quando a Verdade se tornar evidente a todos aqueles que estão em dúvida, eles ainda serão tentados a voltar as costas. Eu imploro-vos, Meus discípulos, informai-os da Verdade agora. Talvez eles não a escutem agora, mas depois de O Aviso, eles escutarão. A batalha está a começar agora pela raiva contra a Cristandade.
Eu chamo a todos os Cristãos para defenderdes os vossos direitos, para mostrardes fidelidade a Mim, o Vosso Jesus. Se não o fizerdes, sereis sufocados e forçados a aceitar a mentira do comunismo. O comunismo, por tanto tempo temido no mundo ocidental, está agora a ser secretamente formado através de uma aliança global entre os governos, em toda a parte. Eles, que nas vossas nações gritam a sua oposição ao que eles chamam um regime do mal, vão agora abraçar o comunismo. Então, eles controlarão todas as coisas que vós fizerdes, o que vós comeis, o que vós ganhais, se tendes ou não uma casa para habitar, e se podeis ou não praticar a vossa religião. Nunca cedais. Nunca desistais da esperança. A vossa força será importante durante este período de opressão. A oração será a vossa arma e ajudar-vos-á a continuardes com a vossa perseverança. Os Meus discípulos devem confiar em Mim. Eu não vos deixarei sofrer por longo tempo. Eu segurar-vos-ei e o período da dificuldade será rápido.

O vosso Jesus.


Daniel 10,21
Mas eu te anunciarei presentemente o que está expresso na escritura da verdade: e em todas estas coisas ninguém me ajuda, senão Miguel, que é o vosso príncipe.

O LIVRO DA VERDADE é a continuação da Bíblia. Fonte: www.elgranavisomensajes.com


O PODER DA FÉ


O PODER DA FÉ

Obs: Depois do milagre da multiplicação dos grãos de trigo nas planícies de José de Arimatéia, os quais foram divididos entre todos os camponeses por um gesto de caridade do proprietário, Jesus começa a falar com os empregados.


Jesus fala:

“Aqui já pudestes ficar conhecendo que a fé pode multiplicar os grãos, quando este desejo nasce de um desejo de amor. Mas não limiteis a vossa fé somente às necessidades materiais. Deus criou o primeiro grão de trigo e, desde aquela hora, o trigo vem soltando espigas para o pão dos homens. Mas Deus criou também o Paraíso, e este está à espera de seus cidadãos. Ele foi criado para aqueles que vivem na Lei, e permanecem fiéis, não obstantes as provas dolorosas da vida. Tende fé, e conseguireis conservar-vos santos, com o auxilio do Senhor, assim como José consegui distribuir o trigo em dupla medida, para fazer-vos duas vezes felizes e confirmar na fé os seus servos. Em verdade, em verdade Eu vos digo que, se o homem tivesse fé no Senhor, nem mesmo as montanhas, fincadas com suas vísceras na rocha do chão, poderiam resistir, mas ao comando de quem tem fé no Senhor elas se deslocariam.
Tendes vós fé em Deus?”, pergunta Ele, virando-se para todos.
“Sim, Senhor!”
“Para vós quem é Deus?”
“O Pai Santíssimo, como ensinam os discípulos do Cristo.”
“E o Cristo, quem é para vós?”
“O Salvador. O Mestre. O Santo.”
“Somente isso?”
“O Filho de Deus. Mas não é preciso dizer isso, porque os fariseus nos perseguem se o dissermos.”
“Mas vós credes que Ele o seja?”
“Sim, Senhor.”
“Pois bem! Crescei na vossa fé, mesmo que vós vos calásseis, as pedras, as plantas, as estrelas, o solo, todas as coisas proclamariam que o Cristo é o verdadeiro Redentor e Rei. Elas o proclamarão na hora da sua assunção, quando Ele estiver na púrpura santíssima, e com a coroa da Redenção. Felizes daqueles que souberem crer muito desde agora, e mais ainda o crerem naquela hora, e tiverem fé no Cristo, e a vida eterna por isso.
Tendes vós essa fé inabalável no Cristo?”
“Sim, ó Senhor. Ensina-nos onde Ele está, e nós lhe pediremos que aumente a nossa fé para assim sermos felizes.”
E a última parte da oração, fazem-na, não somente os pobres, mas também os servos, os apóstolos e José.
“Se tiverdes tanta fé do tamanho de um grãozinho de mostarda, essa fé vós a tereis em vosso coração como uma pérola preciosa, para que ela não seja roubada por nenhuma razão humana, ou sobre-humana, ou malvada, e, então, podereis dizer todos àquela amoreira gigante, que faz sombra ao poço de José: “Arranca-te daí, e vai transplantar-te entre as ondas do mar.”
“Mas o Cristo onde está? Nós o estamos esperando para sermos curados. Os discípulos não nos curaram, mas nos disseram: “Ele o pode”. Quereríamos ficar sãos para podermos trabalhar”, dizem os homens doentes ou sem destreza.
“E credes que o Cristo o possa fazer?”, diz Jesus, fazendo um sinal a José para que não diga que Ele é o Cristo.
“Nós cremos. Ele é o Filho de Deus. Tudo pode.”
“Sim, Tudo pode... e tudo quer.”, grita Jesus, estendendo imperiosamente o braço direito, e abaixando-o como para jurar. E termina com um forte grito: “E assim seja feito, para a glória de Deus!”
E faz sinal de querer virar-se para a casa, mas os curados, uns vinte, gritam e correm ao encontro dele, fechando-o em um entrelaçamento de mãos estendidas, tocando nele, bendizendo-o, procurando suas mãos e suas vestes para beijá-las e acariciá-las. Eles o separam de José, de todos...
E Jesus sorri, acaricia, abençoa... E vai-se livrando lentamente. Ainda acompanhado, até que desaparece na casa, enquanto os hosanas sobem para o céu, que já se vai tornando arroxeado, com o começo do crepúsculo.


(de Jesus à Valtorta, Vol. 6, pgs.323 a 325)

A PARÁBOLA DOS DOIS FILHOS


A PARÁBOLA DOS DOIS FILHOS

“A paz esteja convosco.
A vós todos, que estais ao redor de Mim, Eu quero apresentar uma parábola. E cada um tire dela o ensinamento e a lição que mais lhe convier. Ouvi:
Um homem tinha dois filhos. Aproximando-se do primeiro, lhe disse: “Meu filho, vai hoje trabalhar na vinha do teu pai.” Fazer aquilo era, como pensava o pai, sinal de uma honra! Ele achava que o filho já era capaz de trabalhar no lugar onde até então o pai é que havia trabalhado. Era sinal de que ele via no filho boa vontade, constância, capacidade, experiência e amor para com seu pai. Mas o filho, um pouco influenciado pelas coisas do mundo, e com vergonha de aparecer vestido como um dos servos – pois Satanás lança mão de tais miragens, para afastar o homem do bem – com medo de zombarias e até de represália, feitas pelos inimigos de seu pai, que para ele não tinham a coragem de levantar a mão, mas que menos temores haveriam de ter do filho, respondeu: “Para lá eu não vou. Não tenho vontade.” O pai dirigiu-se então ao outro filho, dizendo-lhe o que havia dito ao primeiro. E o segundo respondeu-lhe logo: “Sim, meu pai. Eu já vou.”
Mas, o que aconteceu?
O primeiro filho, tendo um ânimo reto, depois de um primeiro momento de fraqueza, de revolta, arrependido de ter desagradado ao pai, sem dizer nada foi a vinha e lá trabalhou o dia inteiro, até o fim da tarde, voltando depois satisfeito para sua casa, com a paz no coração pelo dever cumprido.
O segundo ao contrário, mentiroso e fraco, saiu de casa na verdade, mas foi para ir perder-se na vagabundagem, indo pela cidade em inúteis visitas a amigos influentes, dos quais ele esperava conseguir algum proveito. Ele dizia em seu coração: “Meu pai está velho e não sai de casa. Eu direi a ele que fui à vinha, e ele acreditará.” Mas, quando chegou a tarde também para ele, tendo voltado para casa, o seu aspecto, de alguém descansado por não ter feito nada, suas vestes não amarrotadas e a saudação feita de um modo desconfiado ao pai, que estava olhando para ele, e o comparava com o primeiro, que de fato estava cansado, sujo, com os cabelos despenteados, mas jovial e sincero, com um olhar humilde, bom, e sem querer gabar-se pelo dever cumprido, mas que no entanto, queria dizer ao pai: “Eu te amo, e com verdade. E, tanto assim é, que para te ver contente, eu venci a tentação”, e estas palavras falaram claramente à inteligência do pai. E, tendo ele abençoado ao seu filho, disse: “Bendito sejas tu, porque compreendeste o que é o amor.”

E, então, que é que vos parece disso? Qual dos dois é que lhe tinha amor?
Certamente vós direis: “O que fez a vontade do pai.”
E, qual foi que a fez: o primeiro, ou o segundo?”
“O primeiro”, respondeu unânime a multidão.
“O primeiro, sim.
Também em Israel, e vós vos lamentais disso, batendo no peito, sem terdes no coração o verdadeiro arrependimento de vossos pecados. É bem verdade que os vossos corações se irão tornando cada vez mais duros, não os que exibem ritos devotos para serem chamados santos, os que, em particular, são sem caridade e justiça, e se revoltam, na verdade contra a vontade de Deus que ordena, e a atacam como se fosse a vontade de Satanás, e isso não lhes será perdoado.
Não são esses que são os santos aos olhos de Deus. Mas o são aqueles que, reconhecendo que Deus faz tudo bem o que faz, acolhem o Enviado de Deus, e escutam sua Palavra, para saberem agir melhor, fazer melhor o que é que o Pai quer, são esses os que são santos e amados pelo Altíssimo.
Em verdade, Eu vos digo: os ignorantes, os pobres, os publicanos, as meretrizes passarão à frente de muitos que são chamados “mestres”, “poderosos”, “santos”, e entrarão no Reino de Deus.
E isso será justiça. Porque veio o João a Israel, para conduzi-los pelo caminho da justiça, e a maior parte de Israel não creu nele, esse Israel que, falando de si mesmo, se diz “douto” e “santo”, enquanto os publicanos e as meretrizes acreditaram nele. Eu vim, e os doutos e santos não crêem em Mim, mas em Mim crêem os pobres, os ignorantes, os pecadores. E Eu fiz milagres, mas nem neles eles creram, nem se arrependeram por não crerem em Mim. Pelo contrário, é o ódio deles que vem sobre Mim, e sobre os que me amam.
Pois bem. Eu digo. “Felizes aqueles que sabem crer em Mim, e fazem esta vontade do Senhor, na qual há salvação eterna.” Aumentai a vossa fé, e sede constantes, possuireis o Céu, porque tereis sabido amar a verdade.
Ide. Deus esteja convosco.”


(de Jesus à Valtorta, Vol 6, pgs. 317 e 318)

domingo, 29 de novembro de 2015

UM DIÁLOGO ESCLARECEDOR DE JESUS COM OS GENTIOS


UM DIÁLOGO ESCLARECEDOR DE JESUS COM OS GENTIOS


“O homem tem uma alma. Uma. Verdadeira. Eterna. Senhora. Merecedora de prêmio e de castigo. Toda dele. Criada por Deus. Destinada no plano da criação, a voltar para Deus. Vós, gentios, vós dedicais demais ao culto da carne. Em verdade ela é uma obra admirável, sobre a qual está o sinal do polegar eterno. Vós admirais demais a mente, que é como uma jóia encerrada no escrínio de vossa cabeça, e que lá emite os seus raios sublimes. Grande, excelso dom que Deus Criador, que nos fez segundo o seu pensamento, como formas, isto é, uma obra perfeita, composta de órgãos e de membros, e vos deu a sua semelhança com o pensamento e com o Espírito. Mas a perfeição chamada semelhança é pelo espírito. Pois Deus não tem membros, nem a opacidade como a carne, assim como também não tem a sensualidade nem os desejos da luxúria, mas é um Espírito puríssimo, eterno, perfeito, imutável, incansável em seu agir, continuamente renovando-se em suas obras, que paternalmente Ele proporciona para o trabalho de sua criatura que quiser aperfeiçoar-se.
O espírito criado para todos os homens pela mesma Fonte de poder e de bondade, não conhece variações de perfeições em seu início. É um só o espírito criado, perfeito, e que assim permanece. Três são os espíritos perfeitos por natureza...”
“Um deles és Tu Mestre.”
“Eu, não. Eu na minha carne, tenho o Espírito que não foi criado, mas que foi gerado pelo Pai, por uma exuberância de Amor.”
“Quais, então?”
“Os dois progenitores, dos quais vem a raça, que foram criados perfeitos, mas que depois caíram voluntariamente na imperfeição. O terceiro, criado para delícia de Deus e do universo, está acima demais da capacidade do pensamento e da fé do mundo, para que Eu vo-lo possa indicar.
Os espíritos, Eu ia dizendo, criados por uma mesma Fonte, com igual mistura de perfeição, passam depois, conforme seu mérito e sua vontade, por uma dupla metamorfose.”
“Então, Tu admites segundas vidas?”
“Não há mais do que uma vida. Nela a alma, que inicialmente teve a semelhança com Deus, passa pela justiça fielmente praticada em todas as coisas, para uma mais perfeita semelhança com o seu Criador, tornando-se capaz de chegar a possuir a Santidade, a qual consiste na perfeição da justiça e semelhança de filhos com o Pai. Essa existe nos bem-aventurados, isto é, aqueles que o vosso Sócrates diz que moram no “Hades”. Enquanto Eu vos digo que, quando a Sabedoria tiver dito suas palavras, e a tiver consolidado pelo sangue, esses serão os bem-aventurados do Paraíso, serão do Reino, isto é, de Deus.”
“E onde estão estes agora?”
“A espera.”
“Espera de quê?”
“Do sacrifício. Do perdão. Da libertação.”
“Dizem que o Messias será o Redentor, e que Tu és o Messias. É verdade?”
“É verdade. Sou Eu, que vos estou falando.”
“Então. Tu deverás morrer? Por que, Mestre? O mundo precisa tanto de Luz, e Tu queres deixá-lo?”
“Tu, que és um grego, me fazes uma pergunta destas? Tu em quem as palavras de Sócrates têm um trono?”
“Mestre, Sócrates foi um justo. Tu és um santo. Olha bem, que necessidade de santidade a Terra tem!”
“Ela aumentará dez mil vezes por cada dor, por cada ferida, por cada gota de sangue.”
“Por Júpiter! Nunca houve um estóico maior do que Tu, que não te limitas a pregar o despreza da vida, mas te apressas em jogá-la fora.”
“Eu não desprezo a vida. Mas a amo como a coisa mais útil para comprar a salvação do mundo.”
“Mas Tu és jovem, Mestre para morreres!”
“O teu filósofo diz que é querido pelos deuses o que é santo, e tu me chamaste de santo. Se Eu sou santo, devo sentir sede de voltar à Santidade, da qual Eu vim. Portanto, nunca se é muito jovem, para não ter esta sede. Diz ainda Sócrates que quem é santo gosta de fazer coisas agradáveis aos deuses. Que coisa pode haver mais agradável que fazer voltarem ao abraço do Pai os filhos que a culpa afastou dele, e dar ao homem a paz com Deus, que é Fonte de todo bem?
“Tu dizes que não conheces as palavras de Sócrates. Como é então que sabes estas que estás dizendo?”
“Eu sei tudo. O pensamento dos homens, quando é um pensamento bom, não é mais do que um reflexo de um pensamento meu. Quando ele não é bom, não é meu, mas Eu o li desde a eternidade, e soube, sei e saberei, quando ele foi, é e será dito. Eu sei.”
“Senhor, vai a Roma, o farol do mundo. Aqui o ódio te rodeia. Lá a veneração te circundará.”
“Ao homem, sim. Mas não ao Mestre do sobrenatural. Eu vim por causa do sobrenatural. E o devo trazer aos filhos do Povo de Deus, por mais que eles sejam tão duros para com o Verbo.”
“Então, Roma e Atenas não te terão?”
“Elas me terão. Não temais. Elas me terão. Aqueles que me quiserem, me terão.”
“Mas, e se te matarem...”
“O espírito é imortal. O espírito de todos os homens, Não será o meu, Espírito do Filho de Deus. Virei com o meu Espírito atuante... Virei... Vejo as multidões inumeráveis, e as Casas erguidas em meu Nome... Estou por toda parte... Falarei nas catedrais e nos corações... A minha evangelização não terá parada... O Evangelho percorrerá a Terra... Todos os bons virão a Mim... e eis que... Eu passo à frente do meu exército de santos, e os conduzo para o Céu. Vinde à Verdade...”
“Oh! Senhor! Nós temos nossas almas enfaixadas com fórmulas e erros. Como faremos para abrir-lhes as portas?”
“Eu abrirei as portas do Inferno, abrirei as portas do vosso Hades e do meu Limbo. E não poderei abrir as vossas? Dizei “Eu quero!”, e, como um tapume feito de asas de borboletas, elas cairão pulverizadas sob o passar do meu Raio.”
“Quem virá em Teu Nome?”
“Estás vendo aquele homem que desta vez está vindo junto com outro pouco mais do que um adolescente? Aqueles irão a Roma e à Terra. E com eles muitos outros. Tão prontos estarão como agora, pelo amor a Mim, que os estimula, e que não os deixa tomar repouso, senão a meu lado, virão pelo amor dos redimidos pelo meu Sacrifício, para irem procurar-vos e levar-vos para a Luz. Pedro! João! Vinde aqui. Eu terminei, me parece, e estou convosco. Tendes ainda alguma outra coisa para me dizerdes?”
“Outra coisa, sim Mestre. Nós vamos levando conosco as Tuas palavras.”
“Que elas germinem em vós com raízes eternas. Ide. 
A paz esteja convosco.”
“Salve! A Ti Mestre.”


(de Jesus à Valtorta, Vol. 6, pgs. 308 a 311)

sábado, 28 de novembro de 2015

O QUE É PRECISO PARA ESTARMOS UNIDOS COM DEUS?


O QUE É PRECISO PARA ESTARMOS UNIDOS COM DEUS?

E Jesus começa a falar:

“Eis, confirmada por uma mãe agradecida, a minha Natureza, e confirmado o poder da fé no coração de Deus, que não decepciona nunca aos que crêem e aos justos pedidos de seus filhos.
Eu vos convido a lembrar-se de Judas Macabeu, quando ele se viu colocado sobre esta planície, estudando o formidável acampamento de Górgias com um exército contando com mil soldados de infantaria, mil cavaleiros adestrados para a batalha, bem protegidos por couraças e por armas de guerra. Judas olhava, com seus três mil soldados de infantaria, que não tinham escudos nem espadas e percebia que o temor ia penetrando nos corações de seus soldados. Então, ele falou, na força do seu direito, o que Deus aprovava, porque não era para praticar abusos, mas para a defesa da Pátria invadida e profanada. E disse: “Que não vos espante o número deles, nem tenhais medo do ataque deles. Lembrai-vos de como os vossos pais foram salvos no Mar Vermelho, quando o Faraó os perseguia com um grande exército.” E tendo-se reanimado a fé no poder de Deus, que está sempre com os justos, ensinou aos seus meios para obterem auxílio. E disse: ”Agora, pois, levantemos nossa voz até o Céu, e o Senhor terá piedade de nós, e, recordando-se da aliança feita com nossos pais, destruirá hoje, diante de nós esse exército, e todos os povos conhecerão que há um Salvador, que liberta Israel.”
Eis, Eu vos mostro dois pontos capitais para termos Deus conosco a ajudar-nos em nossas justas empresas.
A primeira coisa necessária para tê-lo como nosso aliado, é termos as justas disposições de nossos pais. Lembrai-vos da santidade, da presteza dos patriarcas em obedecer ao Senhor, fosse, ou não de pouco ou de muito valor aquilo que Ele pedia. Lembrai-vos de com que fidelidade eles se mantiveram fiéis ao Senhor. Muito nos lamentamos em Israel, por não termos mais o Senhor conosco, tão favorável a nós como foi em outros tempos. Mas Israel tem ainda as disposições de seus pais? Quem foi que rompeu, e continua a romper continuamente a aliança com o Pai?
A segunda coisa capital para termos Deus conosco: a humildade.
Judas Macabeu era um grande israelita, e era um grande soldado. Mas ele não diz: “Eu hoje vou destruir este exército, e os povos haverão de conhecer que eu sou o libertador de Israel.” Não. Ele diz: “E o Senhor destruirá este exército diante de nós, que somos incapazes de fazê-lo pois somos muito fracos.”Porque Deus é Pai, e tem cuidado dos seus pequenos, e, para não fazê-los perecer, manda ás suas poderosas fileiras para combaterem com armas sobre-humanas os inimigos de seus filhos.
E, quando Deus está conosco, quem poderá vencer-nos?
Isto é o que deveis dizer sempre agora, e mais ainda no futuro, quando quererão vencer-vos, e não só em uma coisa passageira, como é uma batalha nacional, mas em uma coisa muito mais ampla, tanto no tempo, como nas conseqüência para as vossas almas. Não vos deixeis levar pelo susto, nem pela soberba. Estas duas coisas são prejudiciais. Deus estará convosco, se fordes perseguidos por causa do meu Nome, e vos dará força nas perseguições. Deus estará convosco, se fordes humildes, se reconhecerdes que vós, por vós mesmos, não sois capazes de nada, mas que podeis tudo, se estiverdes unidos ao Pai.
Judas não se vangloria, nem usa título de Salvador de Israel. Mas dá esse título ao Deus Eterno. De fato, é inutilmente que os homens se agitam, se Deus não estiver ajudando os esforços deles. Ao passo que, sem se agitar, quem vence é aquele que confia no Senhor, pois o Senhor sabe quando é justo premiar com a vitória, e quando é justo punir com a derrota. Estulto é o homem que quer julgar a Deus, dar conselhos a Deus, ou criticá-lo. Pensai em uma formiga que, observando a obra de um cortador de mármore, lhe dissesse: “Tu não sabes fazer isso. Eu farei melhor e mais depressa do que tu.” A mesma coisa faz o homem que quer ensinar a Deus. E a esse papel ridículo ele ainda acrescenta o papel de um ingrato e prepotente, esquecido do que ele é: uma criatura, e de que Deus é o Criador.
Pois bem, se Deus criou um ser tão bem criado, que ele pode achar-se capaz de dar conselhos ao próprio Deus, qual será, então, a perfeição do Autor de todas as criaturas? Só este pensamento já deveria bastar para fazer a soberba baixar a cabeça, e destruir esta má e satânica planta, esta parasita que, tendo-se insinuado em uma inteligência, a invade e suplanta, a sufoca e mata toda árvore boa, toda virtude que faz o homem grande sobre a terra, verdadeiramente grande, não por seus rendimentos, nem pelas coroas conquistadas, mas por uma justiça e uma sabedoria sobrenatural, e feliz no Céu por toda eternidade.
E prestemos atenção em um outro conselho, que é dado pelo grande Judas Macabeu e pelos acontecimentos daquele dia nesta planície. Tendo-se travado a batalha, as fileiras de Judas, com as quais Deus estava, venceram e destruíram os inimigos, uma parte pondo-os em fuga até Jezeron, Azoto, Iduméia e Jâmnia, diz a História. E a outra parte, transpassando-os à espada e deixando-os mortos no campo em número de mais de três mil. Mas aos seus homens armados, desejosos da vitória, Judas disse: “Não fiqueis parados, a fazer presa, porque a guerra ainda não acabou, e Górgias, com o seu exército, está na montanha, perto de nós. Por enquanto, temos que combater ainda contra os nossos inimigos, e vencê-los completamente, pata depois tranquilamente fazer a presa. E assim fizeram. E tiveram uma vitória segura e uma grande presa, e a libertação, e, ao voltarem cantavam as bênçãos de Deus, porque “Ele é bom, e porque sua misericórdia é eterna.”
Também o homem, qualquer homem, é como os campos que estão ao redor da cidade santa dos judeus. Rodeado pelos inimigos externos, e tendo contra si os internos, todos cruéis, todos na esperança de combater contra a cidade santa, que é cada homem, isto é, contra a sua alma, para atacá-la de repente, para tomá-la de surpresa, com mil astúcias, e destruí-la. As paixões, que Satanás cultiva e excita, e que o homem não vigia com todo cuidado para por nelas um freio, e que são perigosas se ele não souber domá-las, mas são inócuas se forem vigiadas como um ladrão acorrentado, e, por outro lado, que do lado de fora conjura com elas por meio de suas seduções, pela carne, os bens materiais, o orgulho, são todos estas coisas bem parecidas com os poderosos exércitos de Górgias, encouraçados, munidos de torres de guerra, de arqueiros que acertam bem nos alvos, de cavaleiros velozes, sempre prontos a iniciar o ataque, às primeiras ordens do Mal.
Mas, que pode o Mal, se Deus estiver com o homem que quer ser justo?
O homem sofrerá, poderá ser ferido, mas salvará a liberdade e a vida, e conhecerá a vitória, depois de uma boa batalha.”


(de Jesus à Valtorta, Vol. 6, pgs. 295 a 297)

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

O DOCE MENINO MIGUEL E SUAS PERGUNTAS


O DOCE MENINO MIGUEL E SUAS PERGUNTAS

O pequenino de pouco antes, muito bonito na pequena camisa curta a que foi reduzida a sua veste, nesta hora tórrida, põe a cabecinha morena para fora da porta da cozinha, dá uma olhadela, anda para a frente tomando cuidado com os seus pezinhos tenros, que estão sofrendo por causa do chão, que está quente, devido ao sol. A pequena camisa, desabotoada, está para cair, se escapar do seu ombro gorducho. Ele chega até os discípulos, e procura passar por cima deles, para ir ver Jesus de novo. Mas suas perninhas são muito curtas para que ele possa passar por cima dos corpos musculosos dos adultos, e ele tropeça, e cai ao lado de Matias, que acorda, e vê o rostinho envergonhado, quase para chorar, do pequenino. Ele sorri, e diz ao entender qual era a manobra do menino: “Vem cá, que eu te colocarei entre mim e Jesus. Mas fica calado e quieto. Deixa-o dormir, que Ele está cansado.”
E o pequeno, feliz, assenta-se em adoração ao belo rosto de Jesus. Olha para ele, estuda-o, fica com muita vontade de fazer-lhe uma carícia, de tocar em seus cabelos dourados. Mas Matias o está vigiando, sorrindo, e não lho permite. Então o pequenino lhe pergunta em voz baixa: “Ele dorme sempre assim?”
“Sempre assim”, responde Matias.
“Ele está cansado? Por que?”
“Porque caminha muito e fala muito.”
“Para que Ele fala e caminha?”
“Para ensinar os meninos a serem bons, a amar o Senhor, a fim de irem com Ele para o Céu.”
“Lá em cima? Como é que se faz? É longe...”
“A alma, tu sabes o que é a alma?”
“Não.”
“É a coisa mais bonita que há em nós, e...”
“Mais bonita do que os olhos? A mamãe me diz que tenho por olhos duas estrelas. E as estrelas são bonitas, sabes?”
O discípulo sorri e responde: “É mais bonita do que as estrelinhas dos teus olhos, pois a alma boa é mais bonita do que o sol.”
“Oh! E onde é que ela está? Onde é que a tenho?”
“Aqui. No coraçãozinho. Ela vê, ouve tudo, e nunca morre. E, quando alguém nunca faz o mal, e morre como justo, a alma voa lá para cima com o Senhor.”
“Com Ele?”, e o pequeno mostra Jesus.
“Sim, com Ele.”
“Mas Ele também tem uma alma?”
“Sim, Ele tem uma alma e a divindade. Porque é Deus este homem que estás olhando.”
“Como sabes disso? Quem foi que te disse?”
“Os anjos.”
O menino, que estava sentado bem ao lado de Matias, não pôde receber tranquilamente essa notícia, mas dá um salto e põe-se em pé, dizendo: “Tu já viste os anjos?”, e olha para Matias, abrindo seus grandes olhos. E foi tão espantosa a notícia para ele, que, por um instante, até se esquece de Jesus, e, por isso, não vê que Ele já está com os olhos abertos, despertado que foi pelo leve grito do menino, e depois com um sorriso, os fecha de novo, e vira a cabeça para o outro lado.
“Silêncio! Está vendo... Eu te mando embora.”
“Vou ficar bom, mas como é que são os anjos? Quando foi que os viste?” A vozinha transformou-se num sussurro.
E Matias, com paciência, fala da noite do Natal ao pequeno, que tornou a ir sentar-se em seu peito, extasiado. E, com paciência, vai-lhe respondendo todos os porquês. “Por que foi que nasceu num estábulo? Ele não tinha casa? Não tem uma mãe? Era tão pobre, a ponto de não ter uma casa? Não tem uma mãe? Onde está a Mãe dele? Por que é que ela o deixa só. Quando Ela sabe que já o quiseram matar? Ela não lhe quer bem?”
É uma chuva de perguntas, e outra de respostas. E a última é que Matias responde: “Ela lhe quer muito bem, a Mãe Santa do seu Divino Filho. Mas faz o sacrifício de sua dor, ao deixá-lo, para que os homens se salvem. Para consolar-se, Ela pensa que ainda haja homens bons, capazes de amá-lo...”, e essa ideia desperta esta resposta: “É que há meninos bons, que o amam, não sabes? Onde é que Ela está? Dize-o a mim, que eu irei onde ela está, e lhe direi: “Não chores. Ao seu filho eu dou amor.” Que achas? Ela ficará contente?”
“Muito contente, menino”, diz Matias, beijando-o.
“E Ele também ficará contente?”
“Muito, muito. E eu lho direi, quando Ele despertar.”
“Oh! Sim... Mas, quando é que Ele vai despertar?” O menino está ansioso...
Jesus não resiste mais. Ele se vira, com os olhos bem abertos e com seu sorriso luminoso, e diz: “Já o disseste a Mim, porque Eu ouvi tudo. Vem cá, menino.”
O menino não espera ser chamado duas vezes, mas vai correndo para o lado de Jesus, acariciando-o, beijando-o, tocando seu dedinho na fronte dele, nas sobrancelhas, nos cílios dourados, espelhando-se nos olhos azuis dele, esfregando-se sobre sua barba macia e sobre seus cabelos sedosos, e dizendo a cada uma dessas descobertas: “Como és bonito! Bonito! Bonito!”
Jesus sorri e Matias sorri... E depois, a medida que os outros vão acordando, visto que o pequeno não é mais o centro de todas as atenções, os discípulos e os apóstolos, ao verem aquele exame cuidadoso, feito por aquele homenzinho seminu, gorducho, que observa Jesus de alto a baixo, da cabeça aos pés e termina dizendo: “ Vira-te!”, e explica depois: “é para ver as asas”, e pergunta decepcionado: “Porque não as tens?”
“Eu não sou um anjo, menino.”
“Mas és Deus! Como fazes para seres Deus, se não és cheio de asas? Como farias quando quiseres ir para o Céu?”
“Eu sou Deus, Mas é que Deus não tem necessidade de asas, Eu faço o que quero, e tudo posso.”
“Então, faze que meus olhos fiquem como os teus. Eles são bonitos.”
“Não. Os que já tens, fui Eu quem tos deu, e assim me agradam. Dize, isto sim, que torne a tua alma de justo, para que ames sempre mais.”
“Ela também foi feita por Ti. E então ela te agradará como eu a tenho”, diz, em sua lógica infantil o menino.
“Sim, agora ela me agrada muito, porque é inocente. Mas ao passo que os teus olhos serão sempre dessa cor de azeitona madura, a tua alma, de branca pode tornar-se preta, se te tornares mau.”
“Mau, não. Eu te quero bem, e quero fazer como os anjos mandaram fazer, quando Tu nasceste: “Paz a Deus no Céu, e glória aos homens de boa vontade”, diz o pequenino, trocando as palavras, o que provoca uma fragorosa risada nos adultos, coisa que o humilha, e faz que ele se cale.”
Mas, Jesus mesmo corrigindo-o, o consola: “Deus é sempre Paz menino. É a Paz. Mas os anjos lhe davam glória pelo acontecimento do Nascimento do Salvador, e davam aos homens a primeira regra para obter-se a paz que do meu nascimento haveria de provir: ter boa vontade. Esta que tu queres.”
“Sim. Então dá-me essa paz. Coloca-a em mim, no lugar em que aquele homem diz que eu tenho minha alma”, e com os dois dedos indicadores, ele mostra muitas vezes o seu peito.
“Sim, pequeno amigo. Como te chamas?”
“Miguel.”
“Nome do poderoso Arcanjo. Então, que te seja dada a boa vontade, Miguel. E que tu sejas um dos confessores do verdadeiro Deus, dizendo aos perseguidores, como disse o teu angélico protetor: “Quem como Deus?” Sê bendito agora e sempre”, e lhe impõe as mãos.
Mas o pequeno não ficou persuadido. Ele diz: “Não. Beija aqui. Em minha alma. E aí dentro entrará a tua bênção, e aí ficará fechada”, e ele descobre o pequeno peito para ser beijado, sem que nenhum obstáculo tenha vindo opor-se entre o seu pequeno corpo e os lábios divinos.
Sorriem e ficam comovidos, também os presentes. E bem que há motivo! A fé maravilhosa do inocente que, por instinto, como diriam alguns, mas que eu digo, por um estímulo espiritual, foi a Jesus. É verdadeiramente comovente, e Jesus o faz notar, dizendo:
“Oh! Se todos tivessem o coração das crianças.”


(de Jesus à Valtorta, Vol. 6, pgs. 290 a 293)

A HERANÇA SAGRADA DE NOSSOS PAIS



A HERANÇA SAGRADA DE NOSSOS PAIS É A BÍBLIA


Os preceitos de Deus repassados de geração à geração é a santa herança sagrada, que nos conduz, que liberta, que salva, que nos eleva para perto de Deus.


“Houve um tempo em que o jezraelita Nabot tinha uma vinha perto do palácio real de Acab, rei da Samaria. Era uma vinha recebida de seus pais, por isso muito querida por seu coração, quase sagrada para ele, porque era herdado do pai dele, e este também do seu, e assim por diante. Gerações de parentes haviam suado naquela vinha para a fazerem ficar cada vez mais florida e bonita. Nabot a amava muito. E Acab lhe disse:” Cede-me a tua vinha, que está perto da minha casa e, por isso, me servirá para fazer dela uma horta para mim e para os que estão comigo. Em troca eu te darei uma vinha melhor, ou dinheiro, se o preferires.” Mas Nabot respondeu-lhe: “Desagrada-me não fazer os teus gostos, ó rei. Mas não posso contentar-te. Aquela vinha eu recebi como herança de meus pais, e para mim é sagrada. Deus me livre de dar-te a herança dos meus pais.”
Meditemos nessa resposta. Ela é muito pouco meditada, e por muito poucas pessoas em Israel. Os outros, a maior parte, aqueles de quem Eu falei antes, inclinados a expulsar o Cristo, para darem acolhida a Satanás, não levam em muita consideração a herança de seus pais, e, sim, o terem muito dinheiro, ou então honras, e a segurança de não serem suplantadas com facilidade, e aceitam a proposta, cedendo a herança de seus pais. Assim, a ideia do Messias, sendo o que ela é em verdade, como foi revelada aos santos de Israel, e que sagrada haveria de ser considerada em seus menores detalhes, não esbanjada, não a alterada, não aviltada por limitações humanas.
Quantos, quão numerosos são os que trocam a luminosa ideia messiânica, toda santa e espiritual, por um fantoche da realeza humana, agitado como um espantalho, como um prejuízo e uma blasfêmia, contra as autoridades e contra a verdade!
Eu, a Misericórdia, não chego a maldizer esses tais com as tremendas maldições de Moisés contra os transgressores da Lei. Mas atrás da Misericórdia vem a Justiça. Que cada um se lembre disso!
Eu, por minha conta, lembro a esses – e, se entre os presentes houver algum que ele receba de bom coração esta advertência – Eu lhes recordo outras palavras de Moisés, ditas àqueles que queriam ser mais do que Deus estabelecera para eles.
Disse Moisés a Coré, Datã e Abiron, que se diziam santos como Moisés e Aarão, e se rebelavam por serem somente filhos de Levi no meio do povo de Israel: “Amanhã o Senhor fará conhecer quem é que lhe pertence e fará que se aproximem dele os santos, e aqueles que Ele tiver escolhido se aproximem dele. Ponde fogo em vosso turíbulo, e sobre o fogo ponde incenso, diante do Senhor, e vinde, vós e os vossos com Aarão. E veremos quem é que o Senhor irá escolher. Vós vos exaltais um pouco demais, ó filhos de Levi!”
Vós, bons israelitas, conheceis qual foi a resposta de Deus àqueles que queriam exaltar-se um pouco demais, esquecendo-se de que só Deus é quem determina os postos para seus filhos e escolhe, escolhe com justiça, escolhe até o ponto justo. Também Eu devo dizer: “Há alguns que se querem exaltar um pouco demais, e serão punidos de tal modo, que os bons compreenderão que eles blasfemaram contra o Senhor.”
Aqueles que trocam a ideia messiânica, como a revelou o Altíssimo, pela pobre ideia deles, pesada, limitada, vingativa, por acaso não são eles semelhantes àqueles que queriam julgar o santo que estava em Moisés e Aarão? Aqueles que, além de atingirem o seu escopo, à realização de sua pobre ideia, ainda querem tomar suas iniciativas por si próprios, com soberba dizendo que elas são mais justas do que as de Deus, não vos parece que estejam querendo exaltar-se demais e, da estirpe de Levi passar para a de Aarão ilegalmente? Aqueles que sonham com um pobre rei de Israel e o preferem ao Rei dos reis espiritual, aqueles cujas pupilas eles tornaram doentes pela soberba e pela ambição, e que, através delas, vêem deformadas as verdades eternas escritas nos livros santos, e aos quais a febre de uma humanidade cheia de concupiscências faz que fiquem incompreensíveis as palavras claríssimas da Verdade revelada, não são talvez eles que trocam por um nada sem valor a herança de toda a estirpe? A mais sagrada das heranças?
Mas, se eles assim fazem, Eu não trocarei a herança do Pai e dos pais, e morrerei fiel a esta promessa, que vive desde quando houve necessidade de redimir, a esta obediência, que vem de sempre porque Eu nunca decepcionei o meu Pai, e nunca o decepcionarei por temor de uma morte, por mais horrível que ela seja. Procurem os inimigos, os falsos testemunhos, finjam ter zelo e práticas perfeitas. Isso não mudará o seu delito nem a minha santidade. Mas aquele e aqueles que, sendo seus cúmplices depois de terem sido seus corruptores, crerem que poderão estender a mão sobre o que é Meu, encontrarão os cães e os abutres pastando o sangue deles, o corpo deles sobre a terra, e os demônios pastando sobre o sacrílego espírito deles, sacrílego e deicida no Inferno.
Isto Eu vos disse para que o fiqueis sabendo. Para que cada um saiba. E para que quem é mau possa arrepender-se, enquanto ainda o pode fazer, imitando Acab, e para que quem é bom não fique perturbado na hora das trevas,
Oh! Filhos de Beter, adeus. O Deus de Israel esteja sempre convosco e a Redenção faça descer as suas orvalhadas sobre um campo limpo, a fim de que se abram nele todas as sementes espalhadas em vossos corações pelo Mestre que vos amou até a morte!”
Jesus os abençoa, e fica olhando como eles vão indo lentamente.
Somente uma cor vermelha no céu, que vai-se amortecendo pouco a pouco, passando para uma cor arroxeada, é o que resta como lembrança do Sol. O repouso do sábado terminou.
Jesus já pode partir. Ele beija os pequeninos, saúda as discípulas, saúda Cusa. E, na soleira da cancela, Ele se vira ainda, e diz com voz forte, para que todos ouçam: “Eu falarei, quando puder fazê-lo, àquelas criaturas. 
Mas tu, ó Joana, procura fazê-los entender que em Mim, não há nada mais do que o inimigo da Culpa e o Rei do Espírito. E lembra-te também disso, ó Cusa. E não tremas. Ninguém deve ter medo de Mim. Nem mesmo os pecadores, pois Eu sou a salvação. Os que ficarem impenitentes até a morte é que deverão ter medo do Cristo-Juiz, depois de ter sido Todo Amor.
A paz esteja convosco.”


(de Jesus à Valtorta, Vol. 6, pgs. 276 a 279)